21/10/2009

Natureza Sexy

Brincando de voyer, testando a luz... alguns movimentos lentos para encontrar o inesperado e, aos poucos, as surpresas... brilho intenso de uma pele lisa e curvas se insinuando em posições atraentes, a lente capta intimidades e sedução que se revelam através da natureza, pela forma de um pimentão.

17/10/2009

Passando ao Amor Digital

A paixão é um sentimento ardente, quente, vibrante e vem acompanhada de um menu de desejos pessoais que queremos satisfazer ou da pessoa que gostaríamos de ser. Aquele por quem nos apaixonamos é o espelho refletido de nossas projeções essenciais, ou daquilo que somos e ainda não conseguimos despertar ou do que jamais seremos, mas admiramos.
A química da paixão é um feitiço, que muitas vezes acaba rápido, outras vezes não e que de vez em quando se transforma em amor. Inevitavelmente, com o tempo, independente do desenrolar do relacionamento, é possível perceber que a paixão foi só uma isca de união, se mostrando um grande aprendizado para a maturidade ou um belo instrumento de manutenção do amor se ambos olharem para a verdade em seus corações. Nesse último caso a tendência é um relacionamento duradouro, onde ambos se preocupam com o crescimento pessoal, profissional e espiritual do outro e assim crescem juntos, constroem juntos uma vida de harmonia e prazer e criam uma esfera de energia que será transmitida ao mundo.
Eu vivi um amor assim, que começou com uma curiosidade e admiração. Era uma paixão proibida, eu era uma criança ainda e meu objeto de admiração tinha dono, muito mais maduro, alguém experiente que já sabia lidar com suas necessidades e possibilidades. Havia envolvimento entre eles!
Cresci e muitas foram minhas paixões... muitas coisas contribuíram para construir a pessoa que vinha se desenvolvendo.
Num determinado momento da vida, realizei meu sonho infantil. Após ler "A Mulher de 30", vivi aquela paixão antiga, com permissão e apoio de seu dono. Meu pai me cedeu sua Nikon FG e todo equipamento complementar para que eu fizesse um curso de fotografia na Escola Panamericana de Arte. Ele realizava meu sonho de possuir a câmera e eu realizava o sonho dele de fazer aquele curso, naquela escola.
O amor brotou entre nós. Ela era cúmplice de minhas visões, idéias, pensamentos, sentimentos e emoções. Eu era desajeitada, ignorante, imatura e muitas vezes não a tratei como merecia por impulsividade e desconhecimento, atitudes próprias de quem é inexperiente numa relação, mas ela sempre me perdoava e esperava meu tempo de aprendizado. Só quem não se perdoava era eu, quando terminava uma sessão inteira e depois via que não a tinha alimentado com filme. Ou que ao enrolar o filme errado, perdia todo nosso trabalho, tão bem desempenhado ( mais por ela). Ela sempre trabalhava arduamente durante a semana tentando captar da forma mais fiel os congelamentos de minhas melhores visões e jamais me deixou na mão. Toda sexta-feira ela me aguardava dentro do laboratório escuro e silencioso torcendo para que eu ficasse feliz e satisfeita em ver nossas imagens captadas surgirem magicamente, pouco a pouco no papel dentro de uma bacia de químicos, iluminadas somente por uma luz vermelha de baixíssima intensidade. Nasciam nossas fotografias!
Infelizmente, somos de gerações diferentes. Fui a última geração da câmera manual na escola e resisti bravamente a digital por amor e fidelidade a mágica da fotografia.
As pessoas, impiedosas, criticavam nosso relacionamento e talvez por se sentir mais responsável do que eu, minha Nikon FG entrou em coma profundo.
Me senti uma traidora, mas precisei me atualizar e comprar uma Nikon D60 para começar a brincar de digital. Não conseguia me entender com ela. Quando não existe química a primeira vista, não é possível iniciar um relacionamento. Da mesma forma que é possível iniciar um relacionamento quando ainda amamos outra pessoa. Muito difícil essa situação, ser obrigada a se apaixonar... sentia raiva e medo ao mesmo tempo!
Estava me sentindo a própria mulher que foi prometida a um casamento, pela família. Agh!
Passado um ano de familiarização com a idéia desse casamento imposto, comecei a enxergar o noivo com outros olhos. Percebi que era bonito, jovem, moderno, cheio de recursos, que poderia me ensinar bastante, facilitar minha vida e me fazer mudar conceitos e padrões. Resolvi me entregar de corpo e alma a minha nova câmera fotográfica digital, a Nikon D60.
Confesso que ela já tem me conquistado, acho que bastará uma sessão de fotos românticas pela Europa, para ela me fisgar de vez!

Sem combustível no carro e sem bateria no celular - é o fim?!?

Quinta-feira, ia eu embaixo de chuva visitar um cliente.
Saindo de casa, ao entrar na primeira rua; rua estreita, curva e por incrível que pareça, mão dupla, quase bati de frente com outro carro que vinha entrando. Dei ré e risada porque isso acontece de vez em quando e sempre acho engraçado levar o susto e não bater!!! Em seguida fui dar um sorriso e fazer um sinal de agradecimento para a mulher, mas ela estava a postos para me xingar, já xingando. Não satisfeita, ela passou por mim em outra rua e me xingou novamente. Não tenho tolerado mais essas injustiças sociais e não tenho tolerado mais nenhuma injustiça contra mim. Por muito tempo não reagi, mas justamente agora que aprendo a "não reagir" pela Cabala, ando totalmente reativa nesse sentido. A Cabala também fala de que se você nunca revida, "não reagir" significa em algum momento revidar, se posicionar. Talvez seja isso que esteja acontecendo comigo, uma auto-valorização em vários níveis. Então, tirei a cabeça para fora e disse: "é mão dupla sua idiota!" com vontade, claro, de arrebentar a cara dela até ela pedir desculpas pela ignorância e malcriação. Sempre há ignorância onde há algum tipo de agressão, percebam... a maldade acontece por causa do desconhecimento de algum aspecto de uma situação ou de si próprio. Bom, é o xarope do "ego" de novo, esse cara mala que está em todas!
Respiro, rezo, me arrependo de ter me desequilibrado e continuo, no trânsito patético. Eis que quando estou perto do cliente, em plena Av. Sena Madureira, meu carro para, simplesmente para na pista do meio atrapalhando bem o fluxo, que emoção! Um guarda rapidamente veio me ajudar a encostar e acionei o seguro, pois a luz da bateria se acendia quando tentava ligar o motor. Meu pânico foi ver que estava ficando sem bateria no celular. A chuva continuava e eu louca procurando músicas no rádio. Tenho um problema de descompensação, não consigo parar de clicar em várias rádios até pegar uma música que queira ouvir. Naquele momento queria ouvir "Lucky" e nada. O menino não chegava, já fazia quase meia hora que eu estava ali naquele exercício de áudio. Desisti, deixei rolar a "Antena Um - 94,7" que sempre me agrada.
Passei ao exercício de meditar sobre a vida. Comecei olhar em volta e percebi que estava uma delícia ficar dentro do carro, com chuva, ouvindo música, totalmente impotente! Que sensação deliciosa! Estava imobilizada, estava sozinha comigo, na rua, numa manhã de quinta-feira chuvosa! Percebendo nitidamente, eu estava completamente relaxada. Nesse momento começa a tocar... "Lucky"... uau, lucky me! Então eu olhei para minha agenda aberta no banco do passageiro, com o cartão da seguradora jogado em cima, o celular com um mínimo de bateria e pensei: "Minha vida material está só refletindo o que está acontecendo comigo internamente. Estou sem bateria!"
Nesse momento o socorro chegou e não era bateria. Precisei chamar o guincho, tive que usar o celular no limite para conseguir um endereço de mecânico e após resolver tudo o coitado do telefone desmaiou.
Agora vem a parte deliciosamente ridícula da estória. O carro estava sem combustível! O computador de bordo quebrou faz um tempo e não marca nada, eu controlo o combustível pela quilometragem rodada e daria para andar, pelo menos, uns 100 km ainda. Isso significa que até meu carro está sem energia e que preciso somente reformular a minha constatação: "Minha vida material está só refletindo o que está acontecendo comigo internamente. Estou sem combustível e sem bateria!!!"

Acontece que pifar não é o fim... é o começo! É só um sinal...

Para qualquer aspecto da minha vida que esteja desgastado, não há mais energia para continuar, não há energia para lutar, não há qualquer desejo de permanecer ou de querer me segurar qualquer coisa.
Descobri que relaxar na impotência traz prazer e bem estar. É desse relaxamento na impotência que o ego some e dá espaço para a alma dançar livremente no vazio da existência. E é justamente nesse espaço que há um mundo infinito de energia disponível para criar.
Eu quero criar! Eu quero brincar! Pintar e bordar! Quero, pelo menos, tentar...

16/10/2009

Tarô do Osho - Carta 11 - Ruptura

"Converter a derrocada em uma ruptura, eis toda a função de um mestre. O psicoterapeuta simplesmente põe remendos. Essa é a sua função. Ele não está ali para transformá-lo. Você precisa de uma metapsicologia -- a psicologia dos budas. Sofrer uma derrocada conscientemente é a maior aventura da vida. É o maior risco, porque não há nenhuma garantia de que a derrocada se transformará em uma ruptura. Ela se transforma, mas essas coisas não podem ser garantidas. O caos em que você se encontra é muito antigo - por muitas, muitas vidas você tem estado no caos. Trata-se de um caos espesso e denso. É quase um universo em si mesmo. Portanto, quando você o desafia com sua capacidade limitada, é claro que há perigo. Sem desafiar, porém, esse perigo, ninguém jamais se tornou integrado, ninguém jamais se tornou um indivíduo, indivisível. O Zen, ou a meditação, é o método que irá ajudá-lo a passar através do caos, pela noite escura da alma, com equilíbrio, disciplinado, alerta. O alvorecer não está muito longe, mas antes que lhe seja possível alcançar o nascer do dia, a noite escura precisará ser atravessada. À medida que a alvorada for se aproximando, a noite se tornará ainda mais escura."

Osho Walking in Zen, Sitting in Zen Chapter 1

Comentário:

"A predominância do vermelho nesta carta indica, logo à primeira vista, que o seu tema é a energia, o poder e a força. A aura brilhante emana do plexo solar ou centro de poder da figura, e a sua postura é de exuberância e determinação. Todos nós atingimos ocasionalmente um ponto em que "bastante é o bastante". Nesses momentos parece que precisamos fazer alguma coisa, qualquer coisa, ainda que mais tarde essa coisa se revele um engano. Precisamos deixar de lado as cargas e restrições que nos estão limitando. Se não fazemos isso, elas ameaçam sufocar e neutralizar nossa própria energia vital. Se neste momento você está sentindo que "bastante é o bastante", aceite o risco de romper com os velhos padrões e limitações que têm impedido a sua energia de fluir. Ao fazê-lo, você ficará surpreso com a vitalidade e com a energia que essa Ruptura trará à sua vida."

12/10/2009

Meus Vizinhos Estão Mortos

Sexta-feira à noite. Me viro na poltrona, abraçando-a, olhando para fora da sacada. Ao fundo, os três prédios do meu condomínio, dois lado a lado em diagonal, o terceiro ao fundo fechando o espaço que sobrava entre os outros, todos com as sacadas voltadas para mim.
Quase todas as janelas das salas acesas, iluminações distintas, tons amarelados, azulados, esverdeados, mais claros, mais penumbra, avermelhados. Minha imaginação corre para inventar estórias sobre os moradores da cada "iluminação", mas antes disso, algo me chama atenção. Dessas janelas acesas, todas tinham ao fundo uma outra iluminação, com contrastes, brilhos, cores, movimentos, verdadeiras vidas que se moviam frenéticas piscando, quase hipnóticas, era a iluminação ativa da televisão.
Rapidamente meu pensamento sobre os personagens e estórias de cada apartamento se foram. Em vez de passar os olhos escaneando cada janela, congelei a cena dos três edifícios no meu campo de visão e me fixei nessa imagem. Era possível descobrir quais apartamentos assistiam o mesmo canal, pois quando a cena mudava, todos juntos piscavam como se fossem sair da tela, explodindo as mesmas cores de luzes para dentro das salas.
A minha brincadeira de contemplação dava corda aos meus pensamentos até que um assustador se apresentou. Mais de quarenta minutos invadindo a privacidade de meus vizinhos e ops, não havia vizinhos!!!
Cada sala parecia sem nenhuma vida humana. Será que foram todos abduzidos por uma nave espacial? Será que todos eles são parte de algum grupo de espionagem e estão em missão deixando as TVs de suas casas ligadas para disfarçar? Huuumm... duvido! Durante esse tempo, apenas um senhor se levantou e voltou rapidamente com um potinho nas mãos, acho que era algum petisquinho para comer diante da tela viva. De resto, nenhum movimento humano, nada, não parecia haver uma respiração. Respiração, movimento... Serááá??? Que estão todos mortos? Que tipo de morte poderia ser assim, conjunta, limpa e silenciosa? Talvez os prédios tenham sido invadidos justamente por um gás que sai da tela da TV e mata instantaneamente!!! É possível!
Mais um tempo congelando a fotografia e concluí que essa última opção era realmente possível. Estavam todos mortos diante da televisão. Mas esse não é um gás que sai das telas e mata instantaneamente, é um conjunto de cores, sons e movimentos que afetam os sentidos, a presa é seduzida ao conforto do sofá desde pequena e sem pressa, esse objeto de alta definição hipnotiza, deixa a pessoa com músculos relaxados, olhos acomodados, esvazia seu cérebro e vai matando aos poucos sua essência; não permite que ela tenha seus desejos, afinal proporciona tantos outros que devem ser desejados também; não permite que seja otimista, positiva e feliz, pois só exibe as desgraças do mundo; não permite que se leia, porque dá uma preguiça do cão sair do sofá; não permite que se crie, para quê? se já tem tanta coisa para ser consumir intelectualmente lá, é para se entupir de informações e não esvaziar o cérebro para criar; não permite que se brinque, converse e fale bobagens em família, porque senão se desatualizarão do que está acontecendo no mundo e na firrrrrma a pessoa será a menos atualizada. Não permite que as pessoas tenham sua vida, porque elas nem sabe quem são e o que querem.
Infelizmente, meus vizinhos estão lá na sala deles, mortos!!!

"Mundo Perfeito de LuMiLanov" - Bolsa Família Tecnológico

Outro dia, meu amigo Tomás escreveu dizendo que leu um livro de Monteiro Lobato, escrito em 1.926, "O Presidente Negro", que tinha lembrado de mim, que era bem interessante.
Disse que fala da eleição de um presidente negro nos EUA e que além disso, que as cidades no futuro irão ficar bem calmas, pq as pessoas iriam "irradiar" o trabalho de suas casas (nesse sentido ele lembrou de mim eu acho), bem como os votos seriam apurados de casa.
Dias antes eu divagava sobre ensino a distância, os prós e os contras e que visualizo isso acontecer muito rápido. Em São Paulo, principalmente, existe uma tendência de que as pessoas não saiam mais de casa para quase nada e para mim, isso seria o paraíso!!!
Há mais de dez anos atrás eu e o Tomás já discutíamos esses assuntos, já sabíamos o quanto era desnecessário sair de casa para trabalhar oito horas por dia e o quão improdutivo são essas horas para pessoas altamente produtivas e criativas. Nessa época ele lia Domenico De Masi e eu constatava por mim mesma sobre o ócio criativo e sobre a improdutividade das pessoas da firrrrrma.
Voltando a minha resposta ao Tomás, já lancei minha teoria futurista do programa "Bolsa Família". Para pessoas com nós, Ray Bradbury, Monteiro Lobato, que podemos visualizar coisas completamente insanas para nosso tempo, me dou total direito de falar sobre elas. Bom, para mim, esse programa só será vantajoso no futuro, quando um presidente consciente inserir um computador e testes diários para que o programa fosse mantido. A educação seria imposta pelo governo, em vez de o desemprego ser imposto ao governo como forma das pessoas se manterem no "Bolsa Família". Assim sendo, já seriam eliminados os gastos com as escolas públicas e transporte. Seriam parte do programa educacional matérias como educação sexual, práticas de higiene, saúde, civilidade, ecologia, nutrição.
Não é uma tristeza nosso povo não saber nada sobre a vida? Sobre as possibilidades tão simples da vida... não é medíocre comandar as pessoas em troca de voto, só dando leitinho na boca? Como gatinhos!!! E os gatinhos, mesmo assim, ainda tem seu instinto selvagem... e alguns pobres, miseráveis ainda preservarão seus instintos selvagens... não se contentarão com o leitinho dado, se acharão no direito de pegar o que o vizinho tem, não são capazes de entender o que podem conquistar, querem ganhar e se não ganham querem tirar do outro, porque acham que o outro ganhou mais e não conquistou. Só que o "vizinho", o "outro" é o próprio político, é o empresário, é o trabalhador, é o estudante. Alguém conhece esse ciclo? O que os políticos estão construindo? Que ganância é essa? Que lei é essa do um tirar do outro? É isso que vivemos há séculos e é isso que o "Bolsa Família", sem um programa de educação conjunto, cultiva.
Privar o ser humano de desenvolver seu intelecto é o pior crime que se pode cometer, em minha modesta opinião.
Seria incrível se nossos políticos trabalhassem realmente para o bem da nação e que a nação trabalhasse para o bem do seu próximo, que também é o político, formando assim uma teia homogênea de paz. Não vejo como o voto de um presidente que faça de verdade o bem não esteja garantido!

04/10/2009

O Mundo Perfeito de Lu MiLanoV

Sou famosa nos meus grupos sociais pelas loucas teorias a respeito do mundo ideal.
Para mim, o mundo ideal será quando todos os seres humanos conseguirem despertar a consciência individual.
A partir daí, chegaríamos na consciência universal, aquilo que está dentro de nós, a verdade absoluta, mascarada pelo ego, o autor de todas as desgraças do universo, esse, que se alia ao sistema, a matéria, que corrompe, que destrói.
Vocês acham que o sistema corrompe? O sistema não corrompe, o ego corrompe; o seu ego, bem aí dentro de você, que se junta com o ego do outro, e do outro, e do outro... formando assim essa prisão em que vivemos. Os iludidos chamam essa união de egos de sistema, fazem parte dele e o culpam.
Aliás, colocar a culpa em alguém ou alguma coisa é a característica mais marcante do ego porque a função dele é destruir tudo e não se responsabilizar por nada. Destruir tudo o quê? Destruir você, oras... você, ser humano que se acha super inteligente... que é orgulhoso, apegado, ciumento, invejoso, julgador, crítico, perfeccionista, hipócrita, que se julga poderoso.
Mas péra aí... não pode ser inteligente? Pode não, deve! Mas o que é inteligência? É adquirir teorias formuladas pelos outros como absolutas e certas? Ou é adquirir suas próprias teorias?
Para mim, inteligente é aquele que conhece, que contesta, que entende que uma teoria é válida até determinado ponto, para até determinado período, é aquele que entende que a vida muda e vai mudar muito ainda, vai mudar absurdamente e de uma forma que as pessoas não têm idéia, porque será surreal e será rápida.
Para mim, inteligente é aquele que observa, que entende as leis da ação e reação, que conversa com sua alma, pois aí é que se encontra a fonte suprema de inteligência universal, de sabedoria. Desenvolver o raciocínio lógico, ao contrário do que muitos pensam, é uma forma de abrir um canal para a sabedoria universal. Mascarar o ego, isto é, mascarar todos os seus egoísmos, todos os desejos de querer tudo para si mesmo dizendo que está baseado em teorias comprovadas... ahaha... isso é preguiça de pensar e pior... preguiça de matar esse terrível oponente que te quer cego, agindo inconscientemente!
Razão e emoção não são antagônicas, são absolutamente complementares e nessa união onde a razão se comunica com a emoção e vice-versa é que se encontra a verdade absoluta. É nesse meio, que na minha opinião está a FONTE de TUDO.

OBS: Tudo isso para dizer que aos poucos eu vou introduzir aqui no blog as teorias loucas que e tenho colocando cada tópico como "Mundo Perfeito de Lu MiLanoV" e um título específico. Não há a menor necessidade que alguém concorde ou discorde delas... podem dar risada e me chamar de louca. Não quero transformar o mundo e nem a ninguém, pois se tem uma coisa que eu tenho certeza absoluta é que só posso transformar a mim mesma. Quero me sentir cada dia mais livre, livre do meu ego, essa é a liberdade total! Não tenho medo de amanhã escrever algo completamente contrário ao que escrevi hoje, porque me aceito em contínua transformação e diálogo interior. Não preciso de aprovação de ninguém para permanecer em minha deliciosa vida louca de pensamentos e emoções!

01/10/2009

Presente Valioso

Ganho muitos presentes. Deus me dá muitos presentes, valiosos. Meus pais, meus amigos, meu café com leite + pão com manteiga, minha cama gostosa com pijama limpinho, meus caminhos, minhas viagens, minhas emoções, a luz do dia, da lua, a noite, a minha consciência, lucidez e tb minhas loucuras. Tudo o quê eu tenho e tudo o quê eu deixo de ter são presentes incríveis!
Hoje ganhei um dos presentes materiais que mais me emocionou.
Há tempos ouvi duas pessoas do RH conversando sobre repreender alguém por alguma forma de vestir ou algo que usava, extravagante, que não condizia ao cargo, mas que seu chefe achava que era a marca registrada dessa pessoa. A moça nova do RH, querendo mostrar serviço, insistia no assunto com seu chefe até ele aprovar que ela deveria chamar atenção da moça, mesmo com o chefe dela gostando do "tal" visual.
A escorpiana investigativa (sim, eu, claro!) pensou em todas as possibilidades para tentar decifrar quem e o quê era usado inadequadamente e que estava incomodando tanto o RH e não o chefe direto da pessoa... imaginei decotes, mini-saias, sutiens vermelhos com lacinhos aparecendo e daí por diante... sem chegar em conclusão alguma.
Hoje, uma garçonete do restaurante estava passando pela minha sala e entrou dizendo: "Ai, deixa eu entrar para te dar um beijo, que eu adoro vc e faz tempo que não te vejo". Também adoro ela!!! Qd ela estava saindo eu elogiei seus brincos, ela estava linda com eles, uma flor prata com couro preto, enorme, hippie chique, moderno. Ainda comentei: "Adoro brincos grandes!!!"
Ela agradeceu, saiu e voltou com os brincos na mão dizendo: "Eu nunca te dei um presente, pode ficar com eles e deixou-os em minha mesa!". Eu fiquei surpresa e não quis aceitar, mas ela insistiu e eu a abracei, agradecendo, emocionada e vi que ela se emocionou tb.
Naquele momento eu descobri que ela era a pessoa e os lindos brincos que estavam incomodando a mocinha sonsa do RH e que, provavelmente, ela teria acabado de ser repreendida.
Para o lugar moderno que se é, para o uniforme moderno que se usa, o chefe da minha amiga garçonete tinha toda razão, era a marca registrada e original dela, combinava totalmente com o hotel e o estilo do restaurante. Mas fazer o quê, né? Tem profissional que não percebe qual a chave que abre cada porta... num hotel careta, um brinquinho discreto cai bem, mas num hotel ousadíssimo como aquele, a extravagância autêntica e de bom gosto é permitida e até pertinente naquele cargo!
Voltando ao presente, esse, terá para mim um valor inestimável, porque não veio somente com o ato de doar, nem se desapegar, veio com a humildade de se desfazer de um pedacinho da originalidade e estilo dela, após uma injustiça do marketing pessoal corporativo desconexo!